O que iria aquela mulher fazer comigo? Começava a ter medo… Mais uma vez eu me encontrava numa situação em que uma qualquer psicopata sádica – se fosse o caso dela - podia fazer comigo o que quisesse, sem que alguém, alguma vez, viesse a saber de mim! E voltei a ser percorrido por um arrepio de medo!
Comecei, então, a sentir um forte cheiro a resina queimada, e uma ténue claridade vermelha atravessou o tecido que me vendava. Liz acendia archotes! Muito bem… ela preparava o cenário! Apesar do medo que crescentemente que me invadia, acho que sorri.
Em seguida, veio um inconfundível odor a cera – Ah! Liz, agora, acendia velas!
Nem precisava que me dissessem que, algures ali perto, estaria a mesa da história, com a garrafa de vinho tinto e as duas taças – das quais pelo menos uma iria pelos ares e desfazer-se em cacos! E – a propósito! – como é que eu me iria livrar dessa cena, que estava muito para além do que eu poderia suportar?
Sucedeu, então, o que já tardava: Liz arrancou-me o capuz. Quase lhe agradeci, pois abafava! Mas limitei-me a olhar em volta para perceber onde estava metido. De facto, na minha frente eu via o que eu já esperava. Mas ao lado, numa mesa de apoio pequena e baixa, havia mais algumas coisas: o tal chicote de sangue (com 9 pontas e 9 nós em cada uma), um par de algemas, um strap-on e um vibrador… Pelos vistos, tudo o que me esperava!
Mas a maior surpresa veio quando ela se aproximou de mim, empunhando uma enorme tesoura. Parou na minha frente, mostrou-ma, e riu-se, nervosa, ao ver a minha cara aterrorizada.
(...)(Continua amanhã às 12h TMG)
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