quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Passeando os cachorros - 3

Nas comunidades primitivas, as mulheres passavam a maior parte do tempo grávidas e a aleitar os filhos, o que tinha várias consequências, que ainda hoje se reflectem nos comportamentos sociais. Antes de mais, isso forçava a sua sedentarização, deixando ao homem tudo o que implicasse movimentação no exterior, a começar pela obtenção de alimentos - a mais essencial e básica de todas as actividades. 
Depois, o seu estado de gravidez permanente tornava-as menos disponíveis (e apetecíveis?) para as práticas sexuais. 
A par dessa realidade, juntava-se o facto (biológico e incontornável) de uma mulher só poder ter um filho por ano (à parte o caso excepcional de gémeos, evidentemente), enquanto um homem saudável pode ter centenas. 
Tudo isso junto criou uma realidade ancestral segundo a qual a mulher era necessariamente monogâmica, enquanto o homem era facilmente poligâmico. 
Isso, que só no século XX começou a ser seriamente posto em causa, foi "virado de pernas para o ar" em BDSM na sua versão Femdom: aqui, é a mulher/domme que pode ter quantos escravos/machos quiser, enquanto o homem/sub só pode ter uma dona. 
A imagem, com um forte valor simbólico, é apenas uma de muitas que referem essa realidade. Destacou-se esta pela sua qualidade, e porque o tema tem sido o que consta no título deste post.

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