quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Algumas dicas para a prática de um BDSM/Femdom soft - 1/4

Mesmo num contexto em que não se dispõe de câmaras-de-tortura nem nada que se pareça (como rodas, cruzes, cavaletes, guinchos...), é possível realizar muitas fantasias de BDSM, recorrendo a meios reduzidos mas eficazes em termos de prazer.
Há que ter em conta que o principal órgão sexual é o cérebro, pelo que num contexto D/S (de domme/sub) pode ir-se muito longe, mesmo sem muito equipamento (ou até sem nenhum).
Seguidamente, narram-se alguns casos concretos vividos com dommes e dominatrixs (dominadoras profissionais) em contextos em que as possibilidades eram muito reduzidas, nomeadamente em casas particulares e apartamentos.
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Antes de mais, nunca nos podemos esquecer de que o BDSM é um jogoerótico. Erótico, sim, mas um jogo, acima de tudo – e há quem se esqueça disso, vindo uma das partes (em geral o/a sub, como parte mais fraca da relação) a pagar um preço elevado em termos psicológicos e até de saúde mental, que podem conduzir ao suicídio.
Ambas as partes têm de ter um forte prazer sexual em o praticar; caso contrário, tudo falha. Em princípio, uma sessão de D/S conduz aos orgasmos de ambos - pelo menos da domme, pois o sub pode ficar "a seco", se ela assim o decidir (por punição ou capricho).
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O jogo tem de ter um início bem definido.
P. ex.;
Domme e sub estão a conversar normalmente, mas está assente, desde o início, que entrarão em "modo BDSM" quando acontecer uma determinada coisa, que a dommedecide. Pode ser deixar cair um determinado objecto ao chão, fechar uma porta, dizer uma determinada palavra, etc.
A partir desse momento (e para o caso que estamos a abordar de mulher dominadora/homem submisso), ambos encarnam o papel de dona e escravo.
Não se podem rir nem dizer piadas (a menos que seja para ela humilhar o sub).
Deverá haver formas de tratamento previstas:
A domme pode tratar o subcomo quiser, mas quase sempre em termos degradantes: Servo, escravo, verme, cachorro... e ter sempre debaixo da língua palavras como imbecil, idiota, inútil, etc.

Inversamente, o sub deverá dirigir-se à domme em termos como Senhora, minha Rainha, etc., competindo a ela estipular como quer ser tratada - algo que também deve ficar esclarecido desde o início da relação.
(Continua)

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