terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O LIVRO SECRETO DE DOMME LIZ - 14

E pude ler, numa letra redonda e miudinha:

«Olá, amigo! Tenho passado à sua porta, mas não me tem apetecido entrar. Como vê, começa a estar na altura de eu arranjar material para o segundo capítulo, pelo que preciso de saber se você está preparado para uma sessão um pouco mais intensa do que aquela que fizemos. Tenho necessidade absoluta de saber mais algumas coisas acerca da sexualidade masculina, e não há nada como experimentarmos ao vivo, não é verdade? Vamos então fazer assim: reparei que aqui tem muitas flores, algumas das quais são do meu especial agrado. Refiro-me aos lírios, também chamados flores-de-liz, de que gosto especialmente devido ao meu nome. Pois bem; apanhe uma dessas flores, meta-a num vaso, e coloque-o à porta, do lado de fora. Esse será o sinal - para mim - de que você está preparado para a minha próxima experiência. Só lhe peço que pense bem, pois serei um pouco mais violenta do que da outra vez – o que farei consigo será uma pequena surpresa… Se ela lhe vai agradar ou não, é coisa que – confesso - não me preocupa nada! Até breve, segundo espero!»

Li e reli esta estranha mensagem, sentindo um misto de medo, curiosidade e excitação. Claro que eu ansiava pelo retorno de Liz e sonhava com a possibilidade de uma nova sessão com ela. Mas também não ignorava o aviso de que o que me iria fazer desta vez seria mais violento do que da primeira. Eu aguentaria? A recusa, da parte dela, em usar uma palavra de segurança assustava-me. E se aquela mulher fosse na realidade uma sádica psicopata que, no auge da excitação sexual, me infligisse dores insuportáveis ou me mandasse para o hospital - na melhor das hipóteses?
O certo é que, ao mesmo tempo que esses medos me assaltavam, eu, como um robô, percorria o terreno, com um vaso numa mão e um pequeno sacho na outra, em busca de um lírio! E foi quase sem pensar que escolhi um e o coloquei do lado de fora do portão, esperando angustiadamente que aquela mulher passasse e o visse!
Desta vez, não tive de esperar muito até que Liz aparecesse. Abri o portão, ela meteu o carro dentro da propriedade, e pediu-me para levar a mala que eu já conhecia - e que, desta vez, me pareceu mais pesada. Que novidades ela conteria, para que pesasse tanto? Em breve o saberia!

Entretanto, Liz parecia disposta a não perder tempo, e notei nela algum nervosismo que – confesso – me preocupou.
(...)
(Continua amanhã a esta hora - 12h TMG)

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