quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O LIVRO SECRETO DE DOMME LIZ - 16

Sem uma palavra, colocou-ma ao pescoço mas, em vez de a fechar com uma fivela, usou um pequeno cadeado. Passou então a outra ponta da corrente por cima da trave e fixou o último elo no mesmo cadeado, que fechou.
Nesse momento, sentindo que estava completamente indefeso e nas mãos dela, deve ter perpassado pelo meu rosto um sentimento de medo que não lhe escapou. E, como se lesse o meu pensamento, comentou:
— Já reparaste, vermezinho, que a partir deste momento eu posso fazer de ti o que quiser, sem quaisquer limites para além dos da minha pérfida imaginação? E se eu fosse uma psicopata sádica, disposta a torturar-te até à morte? Já pensaste que ninguém mo impediria? Aqui ninguém te ouve, por mais que grites. Sei os teus hábitos, meu querido escravo. Sei que não recebes amigos, nem familiares nem visitas, pelo que eu estaria bem longe daqui quando alguém viesse encontrar o teu corpo podre e coberto de vermes como tu!
Eu não estava a achar graça nenhuma a essa conversa! Claro que tudo fazia parte da sessão de sadismo a que ela me estava a submeter, mas o certo é que, na sua voz quente e nos seus olhos faiscantes, havia algo que mostrava que o que dizia era o que lhe apetecia fazer, se pudesse! Comecei a suar, e era evidente que o meu medo a excitava. Prosseguiu, afastando-se de mim e sentando-se num confortável cadeirão que ali havia.

— Ainda não sei o que farei contigo. Mas, para já, és a cobaia ideal para as experiências que quero fazer, e de que preciso para o meu livro. Diz-me uma coisa, verme: tiveste prazer com o meu chicote?
(...)
(Continua amanhã a esta hora - 12h TMG)

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